A primeira referência ao uso do pallet data de 1925. Foi na época uma ideia brilhante, capaz de modularizar remessas para embarque em navios. Extremamente prático, permitiu não apenas prever o número de ciclos de guindaste entre uma embarcação e o cais: possibilitou previsibilidade de mão-de-obra, do tempo despendido na carga ou na descarga, mesmo nos custos de armazenagem. Isto resultou melhor controle de custos e preços, e maior competitividade.
Durante as duas grandes guerras, a necessidade de transporte cresceu. São também da Segunda Grande Guerra os registros da primeira utilização de empilhadeiras associadas a pallets, pelo exército dos EUA. As empilhadeiras, pode se dizer, evoluíram a partir dos veículos motorizados dotados de caixa de reduções. Com o término do conflito generalizado, em 1.945, e o "baby boom" que se seguiu, toda a infraestrutura que visou o esforço de guerra estava à disposição para produzir e distribuir itens de conforto, para uma população ávida por paz.
Verticalização
Se por um lado a infraestrutura portuária não tinha facilidade de crescer para os lados, já existiam técnicas que possibilitavam a verticalização da armazenagem. As empilhadeiras acrescentaram manobrabilidade: menor necessidade de pavimentos, menos área de rampas, menor investimento em alvenaria, canalizado principalmente para a estrutura de estocagem: melhor aproveitamento do volume disponível.
Estrutura Gráfica
Além do motor, da tração e direção para se deslocar em ambientes confinados, a empilhadeira traz um sistema via bomba hidráulica, que possibilita não apenas erguer o par de garfos, como expandir um sistema retrátil, erguendo a carga vários metros acima do solo. O segredo da estabilidade da empilhadeira é seu peso, concentrado em estrutura de Ferro fundido. Evidentemente, as empilhadeiras têm limite para o peso que podem transportar e erguer, sujeitando-as ao basculamento vertical ao redor das rodas dianteiras, o que pode ser desastroso. Visando minimizar esse risco, a estrutura retrátil, à medida que se estende, se inclina no sentido da ré, buscando centralizar a carga, alinhando-a com o centro de gravidade do veículo.
Generalização
Das empresas de logística, o sistema se expandiu para as indústrias e atacado. Tornou-se prático compor os pallets no fabricante ou distribuidor, o que reduz o custo do transporte, além de garantir ao remetente que a manipulação até o embarque estará dentro do padrão. Além disso, as empilhadeiras são práticas, para transportar cargas volumosas ou pesadas no perímetro da empresa, entre o estoque e a área de beneficiamento, por exemplo.
À medida que as empilhadeiras se expandiram para além dos portos e aeroportos, o próprio sistema intermodal buscou tirar vantagem das mesmas. Em pouco tempo, as docas de armazéns foram padronizadas, assim como se igualou a altura das plataformas veiculares, trucks, baús e carretas inclusive. Breve, as empilhadeiras passaram a trafegar dentro dos baús dos veículos, preenchendo-os da frente até a ré, em algumas poucas "viagens". O achado seguinte, na área de logística de carga, foram os baús e carretas de acesso lateral, conhecidos como siders: as empilhadeiras podem dispensar a doca, carga e descarga podem ser feitos a partir do nível do solo.
Portes e Tipos
As empilhadeiras chegam a atingir alturas até 11 m, eventualmente mais, e pesam a partir de 1.500 kg, embora existam as que pesem 6 toneladas ou mais. A motorização pode ser elétrica, com recarga na rede de distribuição de energia; e duas alternativas movidas a combustível, que pode ser principalmente Diesel ou GLP.
Fonte: Empilhadeiras MG
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